sábado, 9 de febrero de 2013

El carnaval abre alas

3 de febrero
"En 1899, las calles de Río de Janeiro enloquecieron bailando la música que inauguró la historia del carnaval carioca.
Esa gozadera se llamaba O abre alas: un maxixe, invención musical brasileña que se reía de las rígidas danzas de salón.
La autora era Chiquinha Gonzaga, compositora desde la infancia.
A los dieciséis años, los padres la casaron, y el marqués de Caxias fue padrino de la boda.
A los veinte, el marido la obligó a elegir entre el hogar y la música:
-No entiendo la vida sin músca- dijo ella, y se fue de la casa.
Entonces su padre proclamó que la honra familiar había sido mancillada, y denunció que Chiquinha había heredado de alguna abuela negra esa tendencia a la perdición. Y la declaró muerta, y prohibió que en su hogar se mencioanra el nombre de la descarriada".
De Eduardo Galeano.

LA YAPA

escuchá "Abre alas" y algunos temas más. Bellísimos. Abre alas y libertad de esta compositora genial.
http://www.youtube.com/watch?v=dYHzZ4V_eyk

Algo más sobre esta compositora, en idioma original (se entiende clarito)
A COMPOSITORA
Francisca Edwiges Neves Gonzaga nasceu em 17.10.1847 na cidade do Rio de Janeiro.Chiquinha recebeu aulas com o maestro Elias Álvares Lobo.
Chiquinha frequenta o ambiente masculino e nada recomendável dos músicos populares tornando-se amiga do grande flautista e compositor Calado, considerado o Pai dos Chorões Brasileiros.
Historicamente, é a primeira mulher e o primeiro pianista do choro. Ao mesmo tempo, encontra na composição de músicas outro caminho para algum ganho e expressão de sua arte. Com a primeira música que consegue imprimir, a polca Atraente, em 1877, obtém uma aceitação extraordinária, traduzida em mais de 15 edições. Daí em diante, fica cada vez mais conhecida à medida que são editadas outras músicas em papel e, mais tarde, pode apresentá-las no teatro musicado.Em 1885, já tinha derrubado outras barreiras. Na terceira tentativa, consegue com que uma peça de sua autoria, A Corte na Roça, seja encenada. As duas anteriores com músicas suas, Viagem ao Panasco e Festa de São João, não foram aceitas pelo fato de ser mulher e não haver precedente. Torna-se, assim, a primeira compositora brasileira a ser levada à cena. Nesse mesmo ano, num espetáculo em seu benefício, consagra-se igualmente como a primeira mulher a dirigir uma orquestra, portanto a primeira maestrina que tivemos.
Em 1899, para o Cordão Rosa de Ouro, do Andaraí, compõe a marchinha de rancho Abre Alas, considerada a primeira música composta especialmente para o carnaval, desde então símbolo do mesmo, ainda que decorrido todo um século.Por 3 vezes esteve em Portugal. De novo no Brasil, toma pé no meio musical, nada mais que a retomada do seu legítimo lugar, para assinalar, em 1912, o maior êxito, até hoje, do teatro brasileiro, a burleta Forrobodó, com texto de Carlos Bettencourt e Luiz Peixoto. Outras peças de Chiquinha, nos anos seguintes, continuariam a merecer o favor do público, entremeadas com o escândalo que foi a execução, mesmo que apenas em solo de violão, do seu popularíssimo tango Corta-Jaca, em 1914, no Palácio do Catete, por decisão de Nair de Tefé, mulher do presidente Hermes da Fonseca.Até falecer, em 28.2.1935, no Rio de Janeiro, com 87 anos, Chiquinha não sentiu esgotada a sua capacidade criativa. Em 1933, era levada à cena sua última peça original, Maria, no Teatro Recreio, tendo texto de Viriato Corrêa, com quem tinha marcado os êxitos memoráveis de A Sertaneja, em 1915, e Juriti, em 1919.Maior vulto de compositora popular brasileira, Francisca Edwiges Neves Gonzaga contribuiu, inestimavelmente, para a formação do nosso nacionalismo musical e, tantas vezes pioneira, teve a coragem de viver, com intensidade e desassombro, tudo o que lhe ditava o coração de mulher adiante do seu tempo.
CONHEÇA MAIS SOBRE A VIDA E OBRA DE CHIQUINHA GONZAGA ACESSANDO O SITE http://www.chiquinhagonzaga.com/
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O INTÉRPRETE
Marco Aurélio Xavier é profissional da música desde 1960. Seu primeiro instrumento musical foi o Acordeon, tendo se formado na Academia de Artes Mario Mascarenhas. Em 1962, inicia seus estudos de piano com Maria de Lourdes Tornaghi. Na Itália, fez curso de 3 anos de órgão com Luigi Bofolo. Em 1976, renuncia à sua carreira de pianista e organista, criando as Meninas Cantoras de Petrópolis. Discípulo de mestres como Arnaldo Estrella (piano) e Ester Scliar (harmonia, análise e composição), especializou-se em técnica vocal, regência e formação coral em algumas cidades européias, estagiando em seculares instituições musicais tais como: "Meninos Cantores da Catedral de Regensburg" (Alemanha), "Meninos Cantores de Viena"(Áustria), "Meninos Cantores de Tölz" (Baviera), e "Coro Pontifício da Capela Sistina" (Roma), oportunidade em que teve como mestres Georg Ratzinger, Hans Gillesberger e Gerard Schmidt-Gaden. Sua formação mais completa no que se refere à formação de vozes e técnica coral, foi realizada no coro de "Meninos Cantores da Abadia de Montserrat" (Barcelona), chamado de "L'Escolania de Montserrat" cuja existência remonta ao século XI, tendo produzido grandes nomes da música espanhola e catalã, como Fernando Sor, Pe. Antonio Soler e Narciso Casanovas.Em Montserrat, o maestro Marco Aurélio Xavier teve como mestre o monge beneditino, Dom Ireneu Segarra que por 50 anos dirigiu aquele grupo de meninos cantores cuja qualidade técnica e vocal suplanta qualquer outro existente na atualidade. Além das Meninas Cantoras de Petrópolis, o maestro Marco Aurélio Xavier criou e dirigiu outros três corais: Coral da Universidade Católica de Petrópolis (1976-1989),Pequenos Cantores da Universidade Católica de Petrópolis (1981-1985) e Coral de Petrópolis (1989/1996). O CD "Alma Brasileira" é uma produção independente gravado em 1985, dedicado a 4 grandes nomes da música brasileira: Chiquinha Gonzaga; Ernesto Nazareth, Zequinha de Abreu e Villa Lobos