martes, 5 de marzo de 2013

Libertadoras brasileñas

3 de marzo
"Hoy culminó, en 1770, el reinado de Teresa de Benguela en Quaiteré.
Éste había sido uno de los santuarios de libertad de los esclavos fugitivos en Brasil, Durante veinte años, Teresa había enloquecido a los soldados del gobernador de Mato Grosso. No pudieron atraparla viva.
En los escondites de la floresta, hubo unas cuantas mujeres que además de cocinas y parir fueron capaces de combatir y mandar, como Zacimba Gambá en Espírito Santo, Mariana Criola en el interior de Río de Janeiro, Zeferina en Bahía y Felipa María Aranha en Tocantins.
En Pará, a orillas del río Trombetas, no había quien discutiera as órdenes de la Mae Domingas.
En el vasto refugio de Palmares, en Alagoas, la princesa africana Aqualtune gobernó una aldea libre, hasta que fue incendiada por las tropas coloniales en 1677.
Todavía existe, y se llama Conceicao das Crioulas, en Pernambuco, la comunidad que en 1802 fundaron dos negras fugitivas, las hermanas Francisca y Mendecha Ferreira.
Cuando las tropas esclavistas andaban cerca, las esclavas liberadas llenaban de semillas sus frondosas cabelleras africanas. Como en otros lugares de las Améericas, convertían sus cabezas en graneros, por su había que salir huyendo a la disparada"
De Eduardo Galeano

LA YAPA
Mujeres, de esas que anticipan los tiempos!
Mujeres con fuerza, con sueños, con voluntad, con HUMANIDAD.
"Em 1802, duas negras livres às irmãs Francisca e Mendecha Ferreira com outras google.com.ar
4  negras livres chegaram à região do Salgueiro em PE  e arrendaram uma área de 3 léguas (1 légua = 6 km) em quadra. Com a produção e fiação do algodão que vendiam na cidade de Flores, conseguiram pagar a renda e ganharam o direito à posse das terras. Em 1802, as crioulas receberam a escritura com o carimbo da Torre, dezesseis selos, feita por José Delgado, escrivão do cartório de Flores.

Esta história é contada nos mais diversos sítios, ligando a identidade da comunidade de Conceição das Crioulas à descendência das suas fundadoras, que através do trabalho tomaram a iniciativa de legitimar o terreno, antes mesmo dos homens que também aqui vieram.

Um deles de nome Francisco José, fugido da guerra, trouxe consigo uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Ao encontrar-se com as crioulas, tiveram a idéia de construir uma capela e tornar a santa sua padroeira. Surgia assim o nome do povoado: Conceição das Crioulas.
A identidade de "remanescente de quilombos" está intrinsecamente relacionada à origem das crioulas e às relações de cooperação entre os sítios que formam a comunidade. A descendência de determinadas famílias tradicionais é sempre resgatada de forma a confirmar o pertencimento e a participação na história de Conceição das Crioulas.

Ao contrário de outras comunidades negras que ainda lutam pelo reconhecimento como "remanescente de quilombos", Conceição não se utiliza de elementos que reportem à condição de escravos. Sempre a imagem das crioulas lembra o poder da autonomia e a articulação entre os sítios, reforçando o sentido de unidade e sua capacidade política-organizativa.
Tudo isso torna o povo de Conceição ciente da sua condição e do seu papel na sociedade, trazendo comprometimento com a construção de um novo futuro para a comunidade quilombola.

Quilombo do Urubu--No período de 1807 a 1809 diferentes grupos de africanos escravizados organizaram uma sociedade secreta denominada Og Boni, com o objetivo de lutar contra a escravidão.
No decurso de vários embates, entre avanços e repressões, no ano de 1826, muitos adep-
tos deste combate organizam-se para criar o Quilombo do Urubu, situado nas  proximidades de Salvador, que teve como principal líder uma mulher chamada Zeferina.
O Quilombo do Urubu, era localizado na região que hoje é compreendida entre Parque de São Bartolomeu até o bairro do Cabula.Após vários enfrentamentos com forças do governo, Zeferina foi presa. Para servir de exemplo, foi acorrentada e levada nesta condição até a Praça da Sé. “João Reis narra que durante o caminho ela sempre esteve com a cabeça erguida.

O Quilombo Buraco do Tatu
Itapuã. Bahia-Os chefes desses quilombos eram Antonio de Sousa, um capitão de guerra, e
Teodoro, com suas companheiras, que tinham o título de rainhas. O Quilombo Buraco do Tatu durou 20 anos, até que a comunidade foi exterminada pelo autoritarismo colonial.

Quilombo Campinho da Independência
A origem do Quilombo Campinho da Independência é muito particular. Todos os moradores são descendentes de três escravas Maria Antonica, Marcelina e Luiza. Segundo as histórias contadas pelos mais velhos, as três não eram escravas comuns, pois possuíam cultura, posses e habitavam a casa-grande. Conta-se também que existiam muitas fazendas no local, inclusive a maior delas: a Fazenda Independência. Após a abolição da escravatura, os fazendeiros abandonaram suas propriedades e foram depois divididas entre aqueles que ali trabalharam. (ILÊ AIYÊ)
fuente http://www.casadeculturadamulhernegra.org.br/mn_mn_t_biografia_q.htm